Mandato Goura

Aborto no Brasil e sua descriminalização são debatidos pelo Mandato Goura

O Mandato Goura promoveu, no sábado (8), um debate público sobre a descriminalização do aborto no Brasil, no Prédio Histórico da UFPR, com a participação de cerca de uma centena de pessoas entre militantes feministas, estudantes, profissionais da saúde e outros interessados.

 

Foi um momento de conversa franca e de esclarecimentos importantes sobre o aborto no Brasil, América Latina e as consequências desta questão ser um caso de crime previsto no Código Penal e não uma questão de saúde pública, de direitos da mulher que não precisam da tutela do Estado.

 

A reunião foi mediada pelo vereador, e deputado estadual eleito, Goura e contou com a participação, na primeira parte do médico Rosires Pereira de Andrade, professor titular de Reprodução Humana e Coordenador da Atenção às Vítimas de Violência Sexual do Complexo HC da UFPR e da advogada Sandra Lia Barwinski, presidente da CEVIGE-OAB/PR e integrante do CLADEM/Brasil.

 

“Cada um deles defendeu posicionamentos das suas áreas de especialidade e divulgaram informações relevantes sobre como a questão do aborto não pode passar despercebida e ficar na invisibilidade. A sociedade precisa debater e se informar sobre aborto. Esta discussão não pode ser um tabu. E isto ficou bem claro nas exposições feitas pelo doutor Rosires e da advogada Sandra”, comentou Goura.

Confira as fotos:
Debate sobre a descriminalização do aborto

No segundo momento do debate, participaram da mesa a médica Debora Anhaia, que atua na área da saúde da família e tem especialização em Atenção Básica e é integrante do programa Mais Médicos e da Rede Feminista de Saúde, a advogada Emanuella Denora, mestra em Ciência Jurídica; autora do livro (Re)Apropriando-se de Seus Corpos e pesquisadora em Feminismo(s) e Direito e e da socióloga Ligia Cardieri, especialista em saúde coletiva e secretária-executiva nacional da RFS (Rede Feminista de Saúde, Direitos Sexuais e Reprodutivos).

 

“Novamente as falas foram muito esclarecedoras e contundentes sobre a realidade da saúde da mulher, da violência contra a mulher e sobre como o aborto é um fato central nestas questões. Por isso, a descriminalização é tão fundamental para que este cenário mude e possamos ter uma situação futura com respeito ao livre arbítrio das mulheres, aos seus direitos e ao papel do Estado na questão do aborto”, disse Goura.

Encaminhamentos:

• Divulgar em que casos é possível o aborto legal.
• Fomentar o debate sobre aborto entre os professores.
• Incluir o aborto no currículo dos cursos de formação de profissionais da área de saúde.
• Divulgar a rede de apoio e das entidades que atuam pela descriminalização do aborto.
• Fortalecer a fiscalização dos hospitais credenciados para o aborto legal
• Aprender a debater o aborto em todos os ambientes, inclusive naqueles que se manifestam contra a legalização.

Conheça os links sugeridos pela página da Rede Feminista de Saúde, Direitos Sexuais e Reprodutivos.

Os números relacionados aos abortos clandestinos no país são alarmantes:

  • São mais de 1 milhão por ano e, a cada dois dias, uma mulher morre vítima de complicações de aborto inseguro no Brasil.
  • São 250 mil internações no SUS e R$ 486 milhões de gastos na última década por causa de complicações pós-aborto.
  • Uma em cada cinco mulheres até os 40 anos já abortaram no país, segundo a Pesquisa Nacional do Aborto, desenvolvida pelo Instituto de Bioética
  • As maiores vítimas são mulheres negras e pobres que têm poucos recursos para realizar um aborto seguro e são obrigadas a métodos arriscados.

No Brasil, o aborto é permitido somente em gravidez resultante de estupro, em caso de risco para a gestante e anencefalia fetal.

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp

Get Curated Post Updates!

Sign up for my newsletter to see new photos, tips, and blog posts.

Subscribe to My Newsletter

Subscribe to my weekly newsletter. I don’t send any spam email ever!

Pular para o conteúdo