Mandato Goura

“Geringonça Paranaense” faz defesa da democracia e debate pandemia, serviços públicos e o novo pedágio, em live de lançamento

Você sabe o que é geringonça? Não o que está nos dicionários, que significa coisa ou construção improvisada ou com pouca solidez, mas no sentido político?

 

Pois bem, geringonça é como se chama a coalização formada pelos partidos de esquerda e que se colocou como alternativa ao neoliberalismo, em Portugal, desde as eleições de 2015.

 

A geringonça portuguesa reúne o Partido Socialista (PS), o Bloco de Esquerda (BE), o Partido Comunista Português (PCP) e o Partido Ecologista Verdes (PEV) e formam maioria no Parlamento Português até hoje.

 

É a partir desta experiência que os partidos de fora da base de apoio que elegeu Jair Bolsonaro tentam repetir no Brasil a mesma fórmula, na tentativa de criar uma frente ampla ou frente única para enfrentar o bolsonarismo na política de forma geral.

 

Geringonça Paranaense

 

Agora, surge a Geringonça Paranaense, que mais do que uma coalizão formal de partidos é uma reunião de parlamentares de partidos com diferenças ideológicas como MDB, PT, PDT, PSDB, PSC e PV.

 

E foi, nesta segunda-feira (29), que aconteceu a live de formação da Geringonça Paranaense, que pretende buscar alternativas políticas ao Governo do Estado e à Presidência da República nas eleições de 2022.

 

“A sugestão de replicar essa concertação política aqui no Paraná foi do ex-senador Roberto Requião (MDB). E escolhemos esse dia 29 de março para fazer o lançamento em homenagem ao aniversário de Curitiba, que completa 328 anos”, explicou o jornalista Esmael Morais.

 

A proposta da concertação no Paraná partiu do ex-senador Roberto Requião (MDB) e a coordenação desse movimento é do deputado Arilson Chiorato, presidente do PT do Paraná.

 

Nesta primeira live, participaram os deputados estaduais Arilson Chiorato (PT), que é o coordenador da Geringonça Paranaense; Goura (PDT); Luiz Cláudio Romaneli (PSB); Michele Caputo (PSDB) e Mabel Canto (PSC) além do ex-candidato a prefeito pelo PV, Professor Mocellin. Por conta de problemas técnicos o ex-senador Requião não conseguiu participar.

 

Foram debatidos nesse primeiro evento temas como privatização e serviços públicos; o novo contrato dos pedágios nas rodovias do Paraná e a situação da economia paranaense em meio à pandemia.

 

Também se analisou a conjuntura política após o anúncio feito pelo presidente Bolsonaro de mudança em seis ministérios, entre eles, a demissão do ministro da Defesa, general da reserva Fernando Azevedo.

 

Defesa da democracia

 

“Esta geringonça é uma troca muito rica e uma experiência que deve ser repetida em outras instâncias. Aqui, nós reafirmamos a nossa defesa da vida e da democracia”, disse o deputado Goura (PDT), ao concluir a sua participação na live. “Temos que achar soluções convergentes para esta crise.”

 

O deputado Luiz Cláudio Romanelli (PSB) se disse aflito com a atual conjuntura política e disse que todos precisam se comprometer com a defesa da democracia. “Acredito na democracia como método. A democracia é o bem maior da sociedade. Não podemos admitir um presidente contra a democracia e que defende a ditadura”, declarou Romanelli.

 

O deputado Chiorato (PT) elogiou todos por realizarem um debate produtivo e de forma respeitosa entre pessoas de diferentes partidos. “Mesmo com pensamentos diferentes todos fizeram a defesa da democracia, das empresas e serviços públicos, além da vacina para todos. Foi uma experiência que vamos repetir em breve”, disse.

 

“Defender o direito ao debate é defender a democracia”, disse a deputada Mabel Canto (PSC). “Como também é defender o SUS (Sistema Único de Saúde), que se mostrou fundamental no combate à pandemia da Covid-19. Não sei o que seria do Brasil sem o SUS”, comentou.

 

O professor Mocellin (PV) disse que é preciso sepultar de uma vez por todas a ideia de que uma ditadura possa ser uma solução para o país. “É inadmissível que pessoas defendam um regime que fechou o Congresso nacional, prendeu e torturou pessoas”, concluiu.

 

Para o deputado Michele Caputo (PSDB), aqueles que estão em busca do retrocesso ou que fazem da ameaça à democracia uma forma de fazer política não vão ter sucesso. “A sociedade não admite mais esse tipo de ideias e não vão admitir retrocesso. Vamos fazer a defesa intransigente da democracia”.

 

Assista a íntegra do debate promovido pela Geringonça Paranaense, sobre a pandemia, privatizações e os serviços públicos e o novo pedágio, abaixo:

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