Mandato Goura

“Brasil deveria estar na vanguarda sobre maconha medicinal porque foi pioneiro nos estudos científicos no mundo”

“Hoje era para estarmos na vanguarda das pesquisas sobre a cannabis medicinal porque fomos os pioneiros no mundo a estudar ela de forma científica”, declarou Pedro Pierro Neto, médico neurocirurgião e um dos pioneiros na prescrição de cannabis medicinal no Brasil e membro da Sociedade Neurocirurgia, Sociedade Brasileira para estudo da Dor (SBED) e da Sociedade Interamericana de Cirurgia de Coluna Minimamente Invasiva (SICCMI).

 

Pierro participou da segunda mesa de debates do Fórum Paranaense de Cannabis Medicinal – Saúde, Política e Mercado da Maconha no Brasil (#FPCannabisMedicinal), que aconteceu na tarde desta quinta-feira (1º), de forma virtual e foi transmitido pelas redes sociais.

 

<strong>Fórum Cannabis Medicinal</strong>

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O fórum é uma iniciativa do Mandato Goura e parceiros e conta com a participação de pacientes, profissionais da saúde, políticos, advogados, representantes de associações, empresários, ativistas e especialistas do Brasil e do exterior.

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O deputado Goura (PDT) é autor do projeto de lei 962/2019, que assegura o acesso a medicamentos e produtos à base de canabidiol (CDB) e tetrahidrocanabinol (THC) para tratamento de doenças, síndromes de transtornos de saúde e outras comorbidades e está em tramitação na Assembleia Legislativa do Paraná.

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“Tendo em vista que a saúde é um direito fundamental previsto na Constituição, é imprescindível que a sociedade conheça sobre os avanços da medicina e o quanto a utilização de remédios provenientes da cannabis podem auxiliar nos tratamentos”, disse Isabela Perotti, assessora parlamentar do Mandato Goura, ao apresentar os participantes da mesa.

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<strong>Papel dos parlamentos</strong>

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O deputado estadual Goura (PDT) destacou a importência do fórum e destacou a relevância dos parlamentos para legislar sobre a cannabis medicinal. “Nós enquanto parlamentares, temos a obrigação de buscar a ciência para embasar nossas propostas de políticas públicas, romper com preconceitos e dogmas e promover os avanços necessários para a população, alcançar bem-estar e qualidade de vida.

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<strong>Cannabis e saúde</strong>

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Nesta segunda mesa do Fórum Paranaense de Cannabis Medicinal, o debate foi sobre os usos terapêuticos da maconha em vários campos da medicina e a fala do médico Pedro Pierro Neto se destaca por causa da relevância da declaração sobre o pioneirismo do Brasil nos estudos científicos nesta área.

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“Já nos anos 1970 temos a vanguarda na pesquisa sobre a cannabis medicinal, que é reconhecido pelos principais pesquisadores do mundo, com o trabalho extraordinário do médico e professor Elisaldo Luiz de Araujo Carlini. Mas por causa de questões políticas, preconceitos e ignorância perdemos este status”, comentou Pierro.

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“O mais grave é que eu não tive informação alguma na faculdade de medicina. Só depois de me formar, e por causa de um pai de paciente, tive uma experiência que mudou minha visão sobre o tratamento da epilepsia. Desde então, a minha abordagem é centrada no método cannabis medicinal.

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Elisaldo Carlini foi fundador do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid) e professor emérito da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e da Escola Paulista de Medicina (EPM/Unifesp), morto em setembro de 2020, aos 90 anos.

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<strong>Confira abaixo a íntegra da segunda mesa do fórum com todos os participantes:</strong>

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A médica Paula Dall’Stella, especialista em neuro-oncologista e pioneira na prescrição de cannabis medicinal no Brasil, contou como se aproximou da área de pesquisa sobre a cannabis medicinal e se tornou uma entusiasta, pesquisadora e difusora das propriedades terapêuticas da planta.

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“Quero destacar aqui que a nossa luta é contra a desinformação e a ignorância que impedem que a cannabis medicinal ocupe o seu devido lugar como solução terapêutica para inúmeras doenças”, disse Dall’Stella. “Também quero dizer que o PL 399 é fundamental para baratear e facilitar o acesso aos medicamentos com base na cannabis medicinal”, destacou ela.

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O PL 399/2015, que pretende viabilizar a comercialização de medicamentos que contenham extratos, substratos ou partes da planta Cannabis sativa em sua formulação e autorizar o cultivo controlado para fins medicinais, veterinários, científicos e industriais, foi aprovado na Comissão Especial da Câmara dos Deputados, mas aguarda votação de recurso que pode levar a questão para votação em Plenário na Câmara dos Deputados.

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<strong>CFM conservador</strong>

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A médica e vereadora de Curitiba Maria Letícia (PV/PR), autora do PL 33/2020, que dispõe sobre a conscientização quanto ao uso de produtos à base de cannabis para fins medicinais no município de Curitiba, criticou o Conselho Federal de Medicina (CFM) por manter uma posição conservadora sobre o uso medicinal da maconha.

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“Mesmo que a Anvisa já reconheça, de certa forma, o uso da cannabis para fins medicinais, o maior obstáculo para que os médicos prescrevam a cannabis é o Conselho Federal de Medicina, que não publica resolução com a lista das doenças que podem ter a cannabis prescrita para o tratamento”, disse a vereadora.

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Melissa Vicentini, ativista antiproibicionista, diretora na Associação Maconha e Saúde (Satiba) e mãe do Pedro, de 12 anos, que é tratado das crises convulsionais com cannabis, disse que é preciso ampliar a campanha de conscientização sobre os fins terapêuticos da maconha.

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“É importante chamar as famílias que têm pacientes que são tratados com a cannabis medicinal para que falem para a sociedade sobre como o tratamento com esta planta teve resultados e mudou suas vidas. Precisamos de políticas públicas que permitam o acesso dos mais vulneráveis aos medicamentos. Não é só uma questão de sobrevivência, é uma questão de qualidade de vida”, disse.

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<strong>Laboratório da UEM</strong>

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A farmacêutica e pesquisadora do Laboratório de Isquemia Cerebral e Neuroproteção da Universidade Estadual de Maringá (UEM), Rúbia Maria Weffort de Oliveira, agradeceu o convite e contou como foi importante uma visita feita pelo deputado Goura ao laboratório em 2019.

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“Quero agradecer a visita que foi muito importante para todos nós pesquisadores e, principalmente, para os alunos que faziam parte da pesquisa. Hoje, eles dão continuidade aos estudos porque se sentiram valorizados.”

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<strong>Outros participantes</strong>

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Também participaram da segunda mesa o médico Renan Abdalla, presidente da Clínica Renasce; Renato Filev, neurocientista e coordenador científico na Plataforma Brasileira de Política de Drogas e membro da Associação Cultive e o psiquiatra Marcelo Kimati, professor da UFPR e coordenador do Núcleo Interdisciplinar de Estudos sobre Droga (NIED/UFPR).

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