Não é de hoje que o Mandato Goura reconhece a importância e a relevância do exemplo de Diego Saldanha, que criou uma ecobarreira nos fundos da sua casa, no Rio Atuba, na divisa entre Curitiba e Colombo. Tanto, que o então vereador Goura, o indicou ao prêmio “Ecologia e Ambientalismo” da Câmara Municipal de Curitiba (CMC), em 2018.
A cerimônia que premiou os homenageados aconteceu, no plenário da CMC, em junho de 2018. Mas, o hoje deputado estadual Goura (PDT), fez a entrega do troféu pessoalmente, nesta quarta-feira (16), ao visitar novamente a ecobarreira e conversar com Diego, além de conhecer as novidades do projeto.
“Este prêmio destaca as personalidades que atuam em ações a favor da natureza, do meio ambiente e dos interesses ecológicos e foi por isso que escolhemos o Diego e a ecobarreira para recebê-lo”, explicou Goura. “A ecobarreira é uma iniciativa que deveria ser replicada em todos os nossos rios”, acrescentou.
Para ele, a Sanepar, as prefeituras e o governo estadual deveriam incluir a instalação de ecobarreiras nas suas ações de proteção e recuperação ambientais. “É um dispositivo simples e de baixo custo que pode ajudar a retirar dos rios esse lixo flutuante que poluí e causam tantos prejuízos ao meio ambiente”, disse o deputado.
Reconhecimento
Diego agradeceu ao deputado Goura pelo prêmio e disse que a entrega do troféu só reforça o reconhecimento do projeto da ecobarreira. “Quero agradecer de coração ao deputado Goura, que desde o início apoia o nosso projeto, por esse prêmio e por ele vir até aqui para entregar o troféu”, disse Diego, que lembrou que esse reconhecimento do deputado ajudou a divulgar a ecobarreira. “Com isso nós ganhamos mais visibilidade e conseguimos mostrar a ecobarreira para muito mais pessoas”, disse.
Ecobarreira
Diego explicou que no início, em 2017, a ecobarreira funcionava com galões plásticos amarrados de uma margem a outra do Rio Atuba e que era preciso entrar no rio para coletar o material retido. Mas esta situação mudou a partir de uma vaquinha e a doação de uma empresa feitas no final do ano passado.
“Assim, nós conseguimos aperfeiçoar a ecobarreira, que agora funciona com flutuantes de PVC e grades de ferro que seguram o lixo. Também foi possível instalar uma passarela, um guincho, que permite tirar o lixo sem ter que entrar no rio, além de comprar uma prensa e um triturador”, explicou Diego.
Segundo ele, são retiradas duas toneladas de materiais por mês do Rio Atuba. Sendo que os mais comuns são sacolas plásticas, garrafas pet, embalagens de diversos produtos e até mesmo objetos inusitados como eletrodomésticos, brinquedos e outros. “Já tirei sofá, máquina de lavar, televisores, aquecedores, bolas de todo tipo e bonecas”, contou.
“Museu do lixo”
Com parte desse material recolhido Diego fez um “museu” que ajuda a chamar a atenção das pessoas que visitam a ecobarreira. “Todo o projeto nasceu com o objetivo de conscientizar sobre a poluição do Rio Atuba com o lixo que as pessoas jogam ou que deixam nas proximidades e que as chuvas levam para o rio”, disse ao justificar a criação do espaço.
Diego explicou que parte do plástico, garrafas pet e as tampinhas, é transformada em carrinhos de brinquedo e são doados para as crianças que moram no bairro. “É uma parceria com uma empresa que recolhe esses materiais e depois fazem os brinquedos”, contou ele.
Como visitar
O ativista, que também trabalha como vendedor de frutas, disse que o projeto da ecobarreira também pode ser visitado por quem quiser conhecer. “Recebemos alunos de escolas, grupos de estudantes das áreas relacionadas ao meio ambiente e também de pessoas que querem saber como funciona. É só agendar por meio das nossas redes sociais”, informou.
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