Mandato Goura

“É preciso combater a invasão de pinus, árvore exótica, nos parques estaduais do Paraná”, alerta deputado Goura (PDT)

Para combater a proliferação desenfreada de pinus no Parque Estadual da Serra da Baitaca, um grupo de moradores e proprietários de áreas na região resolveu colocar a “mão na motosserra”, literalmente, para fazer a supressão dessa árvore exótica invasora, que impacta negativamente plantas e animais nativos, além de contaminar o solo e a água, com prejuízos ambientais e econômicos.

 

“Essa ação voluntária coordenada de controle teve a autorização do IAT (Instituto Água e Terra) para a supressão dessa espécie invasora de pinus que tanto tem prejudicado o Parque Estadual da Serra da Baitaca, poluindo o ambiente e alterando a paisagem natural da Serra do Mar”, explicou o deputado estadual Goura (PDT), que foi voluntário na ação que aconteceu no dia 6 de junho.

 

Goura explicou que a supressão dessas árvores exóticas invasoras pode reduzir os danos sobre a mata nativa e ajudar a recompor os sistemas naturais. O projeto deve durar cerca de três anos e fará o mapeamento, controle, monitoramento e manutenção das áreas nas quais serão feitas a supressão dos pinus.

 

 

Apoio do IAT

 

“É um trabalho que conta com o apoio do IAT, de moradores com formação em Engenharia Florestal e Biologia e que trará enorme benefício ao parque, diminuindo os impactos negativos dessa espécie exótica”, afirmou Goura.

 

Nessa primeira ação, os voluntários percorreram a trilha do Morro Samambaia, que faz parte do complexo do Anhangava, onde estima-se uma grande incidência de pinus.

 

“Para que os parques estaduais cumpram seus objetivos são necessárias muitas ações de manejo e uma delas é o controle de espécies exóticas invasoras como o pinus, que prejudicam a biodiversidade local e são contaminantes do ambiente”, explicou Alexandre Lorenzetto, biólogo, coordenador do projeto, e assessor técnico do gabinete do deputado Goura.

 

“A supressão das espécies exóticas invasoras inclusive está prevista no plano de manejo do parque. Mas é preciso fazer também o controle no entorno, pois as sementes do pinus são de fácil propagação”, explicou Lorenzetto.

 

“Esta primeira saída de campo do projeto serviu para aferir o método e iniciar o controle. Foram retiradas cerca de 40 pinus e mapeados outros locais para próximas intervenções. Alguns dos pinus possuíam idades superiores a 20 anos e certamente já estavam disseminando sementes a muitos anos no interior da unidade de conservação”, informou ele.

 

Voluntários

 

Para o engenheiro florestal Gustavo Gatti, que mora na região, a ação voluntária para a supressão dos pinus é fundamental para a preservação do Parque Estadual da Serra da Baitaca. “É o exercício da cidadania, o cidadão agindo pelo bem comum e ajudando na gestão para que essa unidade de conservação possa cumprir seus objetivos”, disse ele.

 

Morador na região há 14 anos, o advogado Rogério Augusto Martins Oliveira, disse que a iniciativa coletiva de erradicação do pinus é muito importante. “Eu sempre vi esse problema do pinus no parque e fazia o controle de forma individual, que não tem grande impacto. Com ações coordenadas podemos ter resultados e ao longo do tempo suprimir o pinus do parque”, comentou.

 

Parte dos equipamentos utilizados na ação foram cedidos pelo IAT, motosserras e EPIS, sendo que os próprios voluntários utilizaram os próprios materiais. “na sequência vamos em busca de mais apoiadores e de parceiros que possam financiar as ações nos próximos anos”, disse Lorenzetto.

 

Espécie exótica

 

O pinus (Pinus elliottii) é uma espécie de pinheiro da América do Norte que chegou ao Brasil no início do século XX como planta ornamental e que a partir dos anos de 1960 passou a ser plantada de forma intensiva para abastecer como matéria-prima em indústrias de madeira, laminados, resina, celulose e papel nas regiões Sul e Sudeste do País.

 

O IAT tem projeto de controle da proliferação de espécies exóticas, especialmente do pinus, no Paraná, desde 2022, que atua no Parque Estadual de Vila Velha, em Ponta Grossa; na Floresta Estadual Metropolitana, em Piraquara e nos parques estaduais do Cerrado, entre Jaguariaíva e Sengés; Vale do Codó, em Jaguariaíva e Guartelá, em Tibagi.

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