Mandato Goura

Goura participa de assembleia geral de estudantes de EMBAP/Unespar

A convite dos estudantes da Escola de Música e Belas Artes do Paraná (EMBAP) da Universidade Estadual do Paraná (Unespar), o deputado estadual Goura (PDT) participou de uma Assembleia Geral Estudantil para discutir diversas demandas da comunidade acadêmica. 

 

Realizada no dia 1 de outubro, no auditório da Sede Barão, a assembleia contou com a participação de mais de 200 estudantes, incluindo alunos da Faculdade de Artes do Paraná (FAP/Unespar) e da Universidade Federal do Paraná (UFPR). 

 

A comunidade estudantil reivindica mais estrutura, como a criação de um restaurante universitário, acessibilidade e ônibus intercampi, ampliação da oferta de bolsas de incentivo à pesquisa, criação de programas voltados à saúde mental e combate à violência, além da permanência da Sede Tiradentes, localizada na rua Saldanha Marinho,

 

Diante das reivindicações apresentadas pela comunidade acadêmica, Goura propôs a realização de uma audiência pública para tratar das demandas apresentadas a ser realizada ainda em outubro. 

 

Audiência pública 

 

Educação não é mercadoria e a gente tem que lembrar disso. O meu compromisso enquanto parlamentar é realizar uma audiência pública que a gente possa discutir com todas as partes envolvidas todas as situações trazidas aqui por vocês”, afirmou Goura após ouvir o relato das lideranças acadêmicas. 

 

Goura parabenizou a mobilização em torno da EMBAP/Unespar e lembrou que o movimento estudantil, assim como o movimento cultural e outros movimentos, tem uma dimensão política e, ao longo de sua história, tem deixado sua marca com muitas conquistas que permanecem até hoje na cidade.

 

“Eu fiz parte do Coletivo Interlux, que foi um movimento cultural que discutia as questões da cidade. Esse movimento foi o responsável pela primeira Bicicletada de Curitiba e, em 2007, por pintar a primeira ciclofaixa da cidade. E isso, posteriormente, me levou para a política”, lembrou. 

 

O deputado também sugeriu que os e as estudantes busquem apoio de outros parlamentares, professores, ativistas, artistas e diretores de equipamentos culturais para fortalecer a pauta.  

 

 

Sede Tiradentes 

 

Desde 2010, com o fechamento do prédio histórico da Belas Artes para reforma, a EMBAP funciona em prédios provisórios. No final de 2022, parte da estrutura foi para o Edifício João Prosdócimo, então rebatizado de “Sede Tiradentes”. 

 

Porém, existe um movimento por parte do Governo do Estado para transferir essa estrutura da Sede Tiradentes para a sede do Boqueirão, o que dificultaria o acesso aos equipamentos culturais, que em sua maioria estão localizados no centro, além de aumentar os gastos dos estudantes com transporte, moradia e alimentação, entre outros. 

 

A proposta, segundo relataram representantes do Diretório Acadêmico Estudantil (DCE) e de Centros Acadêmicos de diversos cursos, não foi apresentada e nem discutida com a comunidade acadêmica. Se aprovada, os estudantes alertam para um risco de grande evasão da EMBAP.

 

“O projeto deles (Governo do Estado) é nos separar, nos isolar e nos fazer acreditar que não temos escolha”, afirmou a representante do DCE, Eloisa Alexandra Mendes Ramos. 

 

Ela ressaltou, porém, que apesar de os estudantes estarem abertos ao diálogo, ele não está acontecendo.  “O que podemos fazer quando decidem o nosso futuro sem nos consultar? Não somos contra mudanças, mas queremos participar das decisões”, disse, 

 

Falta de estrutura 

 

A transferência dos cursos de Artes Visuais e Museologia, que hoje funcionam na Tiradentes, para o Campus Boqueirão foi o estopim para a mobilização da comunidade estudantil, que já vinha sofrendo com a falta de estrutura da Unespar e precarização do ensino.

 

A construção de um restaurante universitário é uma das principais reivindicações. Hoje, a EMBAP fornece apenas 50 refeições subsidiadas para um universo de aproximadamente 1250 alunos. Além de não atender a demanda, há diversos relatos de estudantes denunciando comida estragada. 

 

O auxílio no transporte, com a implantação da tarifa zero e um ônibus intercampi, também é uma pauta defendida pelos acadêmicos. 

 

Ainda na questão estrutural, os alunos apontam a falta de acessibilidade para pessoas com deficiência e a necessidade de criação de programas de tutoria e acompanhamento pedagógico para alunos com necessidades específicas. 

 

 

Outras pautas 

 

A ampliação da oferta de bolsas permanência, monitoria e iniciação científica, bem como maior incentivo à pesquisa nos colegiados de Música, Artes e Museologia também integram a lista de reivindicações.  

 

Outros pontos destacados na assembleia foram a necessidade de criação de programas institucionais de prevenção e enfrentamento ao bullying, ao assédio e a violência no ambiente acadêmico, com canais de denúncia, proteção às vítimas e responsabilização dos envolvidos; e a expansão do suporte em saúde mental com acompanhamento contínuo e estruturado, como política institucional de combate à evasão. 

 

EMBAP

 

De acordo com informações constantes no site da EMBAP, ela conta com aproximadamente 1250 alunos – de Graduação, Especialização e Extensão – distribuídos em diversos cursos, como Licenciatura em Música, Superior de Instrumento, Superior de Canto, Composição e Regência, Licenciatura em Artes Visuais, Bacharelado em Artes Visuais e Museologia. 

 

Além da Sede Tiradentes, desde 2019, a Belas Artes também tem a Sede Barão, localizada na Rua Barão do Rio Branco, 370, Centro, no antigo no antigo Centro de Convenções de Curitiba.

 

Veja mais fotos da assembleia estudantil no link abaixo:

 

Assembleia pela Permanência da EMBAP no centro

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