O vereador Goura, e deputado estadual eleito, participou, nesta terça-feira (13), da reunião entre o Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc) e o prefeito em exercício, Eduardo Pimentel, sobre o projeto de lei protocolado pela prefeitura que pretende estabelecer a exclusividade da bilhetagem eletrônica no transporte coletivo, que na prática acaba com a função de cobradores nos ônibus de Curitiba. Também participaram da reunião o vereador Rogério Campos e secretário de Governo Luiz Fernando Jamur.
“A solução para este impasse passa pelo diálogo e negociação. Não se pode mudar um sistema de uma hora para outra colocando 6 mil trabalhadores no desemprego. A proposta de modernização da bilhetagem, por outro lado, também tem seus atributos. É preciso que se faça uma transição, com a qualificação e redirecionamento dos cobradores para outras funções”, comentou Goura.
Ele também disse que, desta vez, a prefeitura não está agindo no atropelo e não apresentou o projeto em regime de urgência. “O que eu escutei hoje aqui foi que a prefeitura vai negociar e que isso se dará na Câmara Municipal. Então, precisamos uma discussão ampla, com a participação de todos os envolvidos e da população. Tudo para encontrarmos a melhor solução”, disse Goura
A VERSÃO DO SINDICATO (Leia a matéria do site do Sindimoc: http://bit.ly/2K1YsSW)
Os representantes do Sindimoc entregaram um ofício solicitando a retirada do projeto, que é chamado pelos trabalhadores de “lei do desemprego”, que justifica que a medida causará a demissão 6 mil cobradores e perda de 212 milhões de reais/ano na economia local, conforme estudo do Dieese.
Segundo o presidente do Sindimoc, Anderson Teixeira, a próxima ação será um ato na Câmara Municipal de Curitiba agendada para o próximo dia 20. “Em um cenário de crise econômica, é inadmissível um projeto de lei que cause a demissão de 6 mil trabalhadores, o que equivale a praticamente 3 montadoras. Precisamos de medidas que gerem emprego e confiamos na sensibilidade do prefeito no sentido de rever e fazer a retirada do projeto”, disse.
A VERSÃO DA PREFEITURA (Leia a matéria do site da Prefeitura: http://bit.ly/2DCZK6s)
Pimentel garantiu que a Prefeitura está aberta ao diálogo para discutir o assunto. “Somos sensíveis ao tema, não queremos que essas famílias percam o seu sustento e sejam prejudicadas. É preciso garantir boas condições para essa transição e temos que pensar em forma de qualificação desses profissionais”, disse.
Ele lembrou que o projeto não tramita em regime de urgência no Legislativo e haverá um amplo canal de conversas com os cobradores. “O projeto não deve ser votado nesse ano, e teremos uma oportunidade de conversar com os vereadores, com a sociedade e com a categoria”, afirmou.