Mandato Goura

Goura participa de reunião de apresentação do Distrito de Baixa Emissão e Ciclologística da Cidade do Rio de Janeiro (RJ)

Ao participar, como convidado, nesta terça-feira (30), da Reunião de Apresentação do Distrito de Baixa Emissão e Ciclologística da Cidade do Rio de Janeiro (RJ), o deputado estadual Gouara (PDT) contou um pouco da sua história como cicloativista, de assessor de mobilidade na Setran (Secretaria de Trânsito de Curitiba) e sobre sua atuação como parlamentar comprometido com as causas da bicicleta e mobilidade ativa.

 

Goura também aproveitou para elogiar a iniciativa da Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro, que, por meio do Escritório de Planejamento da Secretaria Municipal de Fazenda e Planejamento, em parceria com o LabMob (Laboratório de Mobilidade Sustentável) da UFRJ, promoveu o evento para que ele e o diretor executivo da Aliança Bike, Daniel Guth, de São Paulo (SP), pudessem contar suas experiências na área legislativa e de promoção da ciclomobilidade.

 

“Quero elogiar a vontade política de se implantar um projeto como este do Distrito de Baixa Emissão e Ciclologística para o Centro da Cidade do Rio de Janeiro. As políticas de ciclomobilidade têm que ser políticas de Estado. Elas devem ter continuidade e não podem ser interrompidas quando se muda a gestão da prefeitura. Como foi o caso aqui em Curitiba, que tinha uma política clara de incentivo à bicicleta e que foi interrompida quando mudou o prefeito”, destacou Goura.

 

Na sequência, o deputado justificou a importância desses requisitos, vontade política e política de Estado, falando da sua experiência na área da ciclomobilidade. “Comecei como cicloativista, sendo preso por pintar ciclofaixa pirata, e depois seguimos, por iniciativa do coletivo, para a política, primeiro como vereador e agora como deputado estadual. Mas também fiz parte da gestão municipal da Prefeitura de Curitiba, quando implantamos alguns projetos, como a Área Calma e as Vias Calmas, com ciclofaixas”, lembrou Goura.

 

O deputado defendeu que as soluções para transformar as cidades e se alcançar as metas para que elas sejam sustentáveis, com sistemas de transporte de baixa emissão de carbono e que incentivam a mobilidade ativa, a pé e por bicicleta, não podem ser simplistas. “Por isso é necessária a disposição de se ter soluções participativas e colaborativas. Sem isso, as políticas inovadoras tendem a não conseguir seus objetivos”, disse. “Estabelecer canais democráticos de consulta e acompanhamento do projeto são fundamentais.”

 

Ele lembrou o caso da implantação da Área Calma na região central de Curitiba, implantada a partir de 2014. “A Área Calma padronizou uma velocidade de 40 km/h no Centro de Curitiba. Num primeiro momento houve uma reação contrária das pessoas, como é natural quando se aplica uma novidade como essa de se acalmar o trânsito. Mas, com o tempo, com a melhora do fluxo dos veículos, com a queda nos acidentes, nos atropelamentos e mortes, as pessoas foram compreendendo e apoiando a Área Calma”, contou Goura.

 

Ele também lembrou que as regiões centrais das cidades estão em processo de transformação em todo o mundo. “Centros acalmados e que privilegiam o transporte a pé e por bicicleta são tendência mundial. A intermodalidade também é o caminho que as cidades estão encontrando para que as cidades sejam feitas para as pessoas. Os espaços de compartilhamento entre pedestres e ciclistas devem ser incentivados. E vejo que esse também é o caminho para a Cidade do Rio de Janeiro com esse projeto do Distrito de Baixa Emissão”, elogiou Goura.

 

Mas o deputado também alertou para a necessidade de que ações como estas tenham também como objetivos políticas sociais de inclusão e que não se transformem em um projeto de gentrificação (processo de modificação do espaço urbano, em que áreas são remodeladas e transformadas em espaços nobres ou comerciais). “Este risco é grande e coloca as populações desses locais em situação de vulnerabilidade. “Além de todo esse processo de ciclologística, com implantação de infraestrutura cicloviária, é preciso, por exemplo, políticas como a de Habitação de Interesse Social nessas áreas”, destacou.

 

Goura também foi enfático ao dizer que é preciso que o Poder Público interceda contra a precarização dos trabalhadores de aplicativos que fazem entregas por meio da bicicleta. “Neste projeto do distrito deve ser levada em conta ações de apoio, não só aos ciclistas, mas aos trabalhadores das bicicletas, com ciclovias, ciclofaixas, bicicletários completos, com vestiários e outros equipamentos. Só assim se pode intensificar o uso da bicicleta”, afirmou o deputado ao concluir sua participação no evento.

 

Distrito de Baixa Emissão

 

O Distrito de Baixa Emissão é um projeto piloto que tem como objetivo implementar ações para redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE) promovendo espaço urbano de qualidade, com melhoria da qualidade de vida e da saúde, e um ambiente mais atrativo para promoção de moradia, através de ações que têm como base o incentivo ao transporte limpo, mobilidade ativa, a requalificação urbana sustentável dos espaços públicos, a melhoria da qualidade do ar, incremento da infraestrutura verde e ações complementares compensatórias, inclusive relativas a edificações e resíduos.

 

Umas das ações a serem desenvolvidas no Distrito, em parceria com o LabMob – Laboratório de Mobilidade Sustentável da UFRJ, é a atividade de ciclologística que se refere ao uso da bicicleta ou de triciclos para realização de atividades de logística e tem se mostrado uma alternativa eficiente e mais sustentável em relação à logística realizada hegemonicamente por veículos como motocicletas, vans e caminhões.

 

Clique para ler a matéria “ A importância do Distrito de Baixa Emissão e do Ciclo Rotas no contexto da pandemia” , que contém os links e sites relacionados ao projeto.

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