Mandato Goura

“Vamos fazer de 2021 um ano de conquistas na luta ambiental”, diz Goura ao fazer balanço na Frente Parlamentar Ambientalista

“Quero trazer aqui uma perspectiva de esperança e de força. Vamos fazer de 2021 um ano de lutas e de conquistas”, disse o deputado estadual Goura (PDT), nesta quarta-feira (9), ao participar da live de balanço do ano e discussão das perspectivas para o próximo ano da Frente Parlamentar Ambientalista. “Que a nossa resistência seja cada vez mais articulada, mais forte e mais incisiva.”

O debate teve transmissão pelas redes sociais da Frente Parlamentar Ambientalista, que reúne deputados e senadores do Congresso Nacional, deputados estaduais das Assembleias Legislativas e entidades da sociedade civil.

Assista a participação do deputado Goura no evento da Frente Parlamentar Ambientalista:

Fortalecer as atuações

O deputado Goura disse, na sequência, que os ataques ao meio ambiente, nestes dois últimos anos, não devem desanimar todos que atuam nos parlamentos e na sociedade em defesa do meio ambiente.

“Devem, sim, fortalecer cada vez mais as nossas atuações. Que a gente possa não só fazer uma resistência passiva, mas promover uma resistência ativa para criar horizontes e novos paradigmas na nossa luta em defesa do meio ambiente”, afirmou.

Frente Ambientalista do Paraná

Nesta perspectiva otimista, o deputado Goura disse que o seu mandato está trabalhando para formalizar a criação da Frente Ambientalista do Paraná no primeiro trimestre de 2021.

Para o deputado, o objetivo é convocar todos os prefeitos, prefeitas, vereadores e vereadoras eleitos e que tomam posse a partir de 1º de janeiro para participar desta Frente Ambientalista do Paraná.

“Vamos reunir todos, quando isso for possível, para lançar uma carta compromisso e criar este importante fórum de debate e de promoção de políticas públicas em defesa do meio ambiente”, informou.

Goura disse que as entidades da sociedade civil, que fazem um importante trabalho de defesa do meio ambiente, também serão convocadas a participar da Frente Ambientalista do Paraná.

“Temos que fortalecer esta interface entre as entidades e os mandatos parlamentares. Criar um círculo virtuoso de colaboração e de promoção das ações na nossa luta pelo meio ambiente”, afirmou.

Entidades parceiras

O deputado elogiou as entidades da sociedade civil que atuam com a Frente Parlamentar Ambientalista e participaram do evento. “Todas as entidades aqui estão pautando a luta ambiental com muito vigor, com muita força, com muita determinação e com muitos resultados”, destacou. “São parceiras.”

Ao analisar a atual conjuntura política, no contexto do resultado das eleições municipais, Goura lembrou que vários prefeitos e prefeitas, vereadores e vereadoras, foram eleitos dando ênfase às pautas ambientalistas.

Luta ambiental

“No país todo temos representantes da luta ambientalista eleitos ou que dão o devido destaque para as pautas ambientais. São exemplos, o deputado Edmilson, eleito prefeito de Belém, o vereador mais votado de São Carlos (SP), ligado à permacultura e agroecologia e o vereador Marquito, reeleito como o mais votado de Florianópolis.

Goura também falou sobre a sua candidatura à Prefeitura de Curitiba. “Ficamos em segundo lugar, numa verdadeira luta de Davi contra Golias, e fizemos mais de 110 mil votos. Foi uma eleição muito dura e muito difícil, na qual o governador agiu diretamente para influenciar o resultado.”

E fez uma crítica ao prefeito reeleito de Curitiba: “A reeleição do atual prefeito que é uma caricatura do que seria uma política ambiental de verdade. O que temos é só maquiagem”, criticou.

Paraná bolsonarista

Goura disse que o Paraná tem sido objeto de experimentação bolsonarista e que o presidente encontra no governador Ratinho Jr. um grande aliado para implantar suas políticas, principalmente, no que diz respeito ao meio ambiente.

“O governador é um grande aliado. Nesta semana, soltamos um vídeo sobre um tema, que na nossa opinião é um escândalo, sobre liberação desenfreada de empreendimentos hidrelétricos, PCHs, CGHs e outros, que vão impactar muito os rios do Paraná”, informou.

“Em apenas dois anos foram 41 empreendimentos liberados e aprovados em regime de urgência em votações na Assembleia Legislativa. Todos ignorando nota técnica do Ministério público, que se manifestou contra a liberação das obras”, disse Goura.

O deputado explicou que foram ignorados os impactos ambientais, sociais e econômicos desses empreendimentos. “Não há diálogo que a gente tem com a sociedade e com as comunidades atingidas. Não há a mínima consideração sobre os efeitos dessas obras.”

Outro exemplo do alinhamento do governo estadual com o federal, segundo Goura, é a tentativa de se fazer uma estrada para beneficiar um porto privado no Litoral, com destruição de extensa área de Mata Atlântica. “Nada justifica essa obra e muito menos mais um porto no Paraná.”

Convidado a encerrar o evento, Goura reafirmou o sentimento de esperança e o compromisso de fortalecer a luta ambientalista.

“A agenda ambiental e a agenda social caminham juntas. A questão do meio ambiente não é uma pauta elitista, não é só assunto da classe média. Falar do meio ambiente é falar de direitos humanos, do direito à moradia, que tanto impacta a sociedade. É falar de qualidade de vida nas cidades.”

“Fico muito feliz e em nome de todos aqui do Paraná, da nossa comissão de Meio Ambiente, quero mandar um abraço a todas e todos. Nós vamos fazer 2021 um ano de luta e um ano de conquistas”, completou Goura.

Participantes do debate

Participaram do evento o coordenador da Frente Parlamentar Ambientalista do Congresso Nacional, deputado Rodrigo Agostinho (PSB-SP); o diretor da SOS Mata Atlântica, Mario Mantovani e a auditora líder do Sistema de Gestão Ambiental (ANAMMA-DF), Rejane Pieratti.

Também participaram a deputada Estela Bezerra (PB); o deputado Renato Roseno (CE), da Comissão de Meio Ambiente da Assembleia do Ceará; o deputado Renato Câmara (MS), coordenador da Frente Parlamentar de Recursos Hídricos e da Frente Parlamentar para o Desenvolvimento das Unidades de Conservação Ambiental; o deputado Marcelino Gallo (BA) e o diretor-executivo do Observatório de Justiça e Conservação, Giem Guimarães.

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